sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Jornalismo a la Datena: Imprensa marrom ou jornalismo opinativo?






Na primeira semana desse mês, o Repórter Christian Carvalho Cruz, do Estado de S.Paulo, publicou no portal do jornal (Alias) uma entrevista com o Jornalista, José Luiz Datena, o popular apresentador Datena, do programa Brasil Urgente da Band.
O título que Christian deu a matéria foi um pouco curioso: 'Ah, vai te catar!'; expressão a qual o Jornalista diz ter inspirado no termo mais usado pelo seu entrevistado. O texto está muito bem escrito, cheio de detalhes registrados a partir do admirável trabalho de observação do repórter.
Embora a matéria desperta interesse pelo assunto, pela forma como foram norteadas as informações, surge uma questão: como definir essa prática Jornalística feito por Datena? Beira aquela considerada como imprensa marrom ou classifica-se como Jornalismo opinativo?

Imprensa Marrom tem origem na expressão, norte americana, Imprensa Amarela, empregada pela briga dos jornais "World" de Joseph Pulitzer e "Journal" de William Hearst. Jornais que, em 1890, utilizavam de pôsteres e de histórias em quadrinhos, com personagens amarelos - Yellow Kid -, para abusar de manchetes escandalosas, com corpos tipográficos largos, além de inventar histórias e falsificar entrevistas. Tudo, portanto, para disputar a hegemonia dos leitores nova iorquinos.
No Brasil, a expressão Imprensa Marrom surgiu na redação do jornal carioca Diário da Noite em 1959. O Jornal tinha recebido informações de que uma revista de fofoca, da época, extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras. Assim, o jornalista Alberto Dinis (Criador do Observatório da Imprensa) preparava a manchete: 'Imprensa amarela leva cineasta a suicídio' quando o editor Calanzas Fernandes chegou e pediu para que mudassem para marrom (Cor que lembra coisas nojentas) e não amarelo, já que no Brasil é uma cor preciosa.
Assim ficou Imprensa Marrom, inspirado no termo norte americano, Imprensa Amarela!

Já quanto ao Jornalismo Opinativo, o Professor Doutor em Comunicação, Luiz Beltrão, em Jornalismo Opinativo, explica que o jornal tem o dever de exercitar a opinião.
Em contra partida, Beltrão explica que para se opinar e criar pontos de vista sobre determinado assunto é preciso primeiro conhecê-lo, para depois sim, julgá-lo.
Além disso, ressalta que para fazer Jornalismo Opinativo o Jornalista precisa ter um trabalho ordenado e meticuloso a partir de princípios importantes, tais como: dominar a informação, ou seja, calcular, toda sua extensão e alcance, a força daquilo que chegou ao seu conhecimento, inteirando-se amplamente de suas causas, seus aspectos significativos e sua seqüência lógica;  reger a informação, isto é, levá-la ao conhecimento público quando conveniente e oportuno, observando as normas práticas e éticas da divulgação ou da supressão de matérias; assistir à informação, mediante o consciencioso acompanhamento dos seus efeitos imediatos e mediatos.
Somente  assim, segundo Beltrão, é que as ocorrências poderão render para o jornal e para o público uma opinião segura, elaborada à base da técnica, da ética e do interesse social – pilares em que se fundamenta a obra jornalística.

Por conseguinte, acerca do Jornalismo a la Datena há diversas avaliações procedentes do povo e, em especial, da categoria. Assim, o Jornalista e Prof. Me., Marcel Cheida, avalia-o da seguinte forma: "Oriundo da reportagem de campo no futebol, o Datena está impreg...nado de intuição dos antigos radialistas. Faz da informação um modelo de "espetáculo". Superficial e cheio de ênfases, hipérboles, para dramatizar os fatos pautados. O tom "autoritário" que emprega nos comentários contra os bandidos e os políticos se torna anedótico quando entrevista, ao vivo, uma autoridade, como um delegado, sempre elogiado, ou o Serra, em cuja entrevista, antes das eleições, não soube valorizar o "furo", quando o ex-governador disse, em primeira mão, que seria candidato do PSDB. Enfim, acho um falastrão que tem carisma e audiência. Mas, pouco ou nada acrescenta intelectualmente, criticamente.".

Se o Jornalismo produzido por Datena, todas as tardes, nos studios da Band, é imprensa Marrom ou Jornalismo Opinativo não há um consenso. Entretanto, a meu ver é um pouco de cada, num percentual maior da primeira consideração e menor da segunda; uma vez que para fazer Jornalismo Opinativo não é necessário ser um "falastrão", pois, após o jornalismo ter adquirido seus valores mercantis, qualquer informação já possui seu Q de opinião, ora pela política editorial, ora pelos interesses econômicos de cada veículo.

Francela Pinheiro
(O texto sobre Jornalismo Opinativo foi retirado de um resumo por Felipe Elias Barth do livro Jornalismo Opinativo do Prf.Dr. Luiz Beltrão)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Homem Perfeito

Guilherme Winter pela Revista QUEM
O que é um Homem Perfeito?

Um Homem cavalheiro, gentil, sensível aos sentimentos femininos ... Um Homem bem humorado e engraçado, inteligente ... Um Homem que lembra todas as datas especiais ... oferece flores vermelhas e os melhores vinhos ... Um homem não egoísta, um bom pai ...

Afinal o que seria um Homem perfeito?

Para cada mulher há um Homem ideal!
Moreno, negro, louro ou ruivo, alto ou baixinho, magro ou gordo ... para cada uma, há uma escolha, um gosto em especial. Contudo, não é só por aí que está a escolha de um cara perfeito!

Mulheres gostam de homens gentis, bem humorados, engraçados, que não seja egoístas....Mas também, gostam de homens que possuem personalidade masculina bem determinada, que tenham atitudes e que não sejam passivos. Homens que saibam ouvir mas que também tenham sua própria opinião ... Que sejam inteligentes, mas não nerd o tempo todo ... que sejam gentis, pois apesar da admirável conquista feminina em diversos aspectos, as mulheres não deixaram de ser seres sensíveis a gentilezas ... a um jeitinho cavalheiro... Entretanto, nada em exagero, tudo numa proporção que conquiste-as, não que enjoe-as. Mulheres gostam de flores e de cuidado, como também, de homens que reconhecem suas liberdades e respeitam seus direitos!  

Por conseguinte, as diversas pesquisas que apontam as inúmeras preferências femininas revelam muitas curiosidades.

Uma alentada pesquisa do Face Research Laboratory, da Universidade de Abderdeen, na Escócia, que consultou mulheres de 30 países chegou a conclusão de que a velha unanimidade - ombros largos, braços fortes, barba cerrada, rosto talhado à faca, nariz proeminente, maxilar quadrado e ar de quem transpira testosterona - do biótipo do homem másculo está ruindo e um novo tipo emerge na preferência feminina: aquele com traços finos e delicados, que transparece sensibilidade.
Como também um estudo publicado na revista Psychological Science descobriu que as mulheres se sentem mais atraídas por homens quando não têm certeza do quanto eles gostam delas. 
Além disso, segundo pesquisadores da Universidade de Viena, as mulheres preferem Homens mais velhos do que elas e para isso há uma explicação biológica. Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, os homens têm mais filhos quando se casam com mulheres em média seis anos mais jovens, enquanto as mulheres reproduzem mais ao lado de homens em média quatro anos mais velhos.

Contudo e, sobretudo, qual mulher não gostaria de ter um homem lindo, religioso, determinado, inteligente e tão simpático como o ator Guilherme Winter??
É só assistir alguns capítulos de tititi para apaixonar pela simpatia do paulistano - moreno, dos olhos verdes, inteligente e dedicado!!

Está aí, portanto, a meu ver um exemplo de um Homem Perfeito!!!


Francela Pinheiro

(Textos sobre pesquisas: Adaptados do Google) 



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Egito e os Gritos de La Revolución


 


 
 

A Revolta do povo egípcio, expressada por protestos desde o dia vinte e cinco de janeiro, contra o Ditador Hosni Mubarak, no poder a trinta anos, chama a atenção do mundo. Ora pela globalização espantosa da comunicação, pela qual as informações chegam a velocidade luz, ora pela proporção do movimento motivado por um povo que grita, bravamente, por liberdade!

Se estudarmos a história das revoluções vamos perceber que foi a partir de mobilizações e de povos heróicos que foram as ruas com armas ou não, que mudanças importantes ocorreram para que pudéssemos ser como somos hoje e desfrutarmos de tantas liberdades como desfrutamos.

Contudo, segundo determinados conceitos, um movimento só pode ser denominado Revolução quando gera transformações Sociais, Políticas e Econômicas.

Assim, importantes movimentos revolucionários - que tiveram o povo como principal força (independente do propósito do líder) - mudaram o percurso da história política, social e econômica de gerações e gerações. Para ratificar, portanto, por que não citar um das mais importantes da História, a Revolução Francesa? Movimento que rompeu, radicalmente, com as instituições feudais do Antigo Regime, assumindo formas democráticas que, logo, ficaram como legados para a construção e formação das sociedades contemporâneas. Foi numa França estamentada, que sustentava hierarquias, o anúncio ao mundo dos imprescindíveis princípios de liberdade igualdade e fraternidade; um país palco de uma revolução insurgida por um povo corajoso, sofrido e, acima de tudo, cansado de ser base sustentadora de luxos e mordomias. Embora esses pobres coitados fossem apenas instrumentos para os verdadeiros interessados pelo movimento.

Além de 1789, quantas outras revoluções aconteceram graças a vontade de mudar de um povo? Por meio de greves, revoltas ou protestos que monarquias históricas caíram, hierarquias antigas foram derrubadas e novas estruturas foram implantadas. Pois, como na velha Russa Czarista, na qual trabalhadores sem alimentos, sem trabalho, sem dignos salários, em crise por sustentar uma guerra (Primeira Grande Guerra) que só trazia pobreza ao país, fizeram greves, mobilizaram e tiraram do poder um dos reis mais conhecido da História - Nicolau II.  
Como também, foi por meio de uma rebelião de gente escravizada que o Haiti de 1791 foi liberto da Escravidão e tornou-se uma nação Independente.

Sem falar de revolucionários importantíssimos que transformaram sociedades, influenciando gerações, como Fidel Castro e Che Guevara em Cuba e Mahatma Gandhi, na Índia, um líder iluminado que libertou um povo inteiro do poderio inglês por meio de um movimento pacífico, sem guerra, sem violência.

 Para concluir essa breve retomada histórica não podemos esquecer dos Caras Pintadas?! Apesar do povo brasileiro ter assistido imobilizado a independência e a proclamação da República, foi aqui, no Brasil dos anos noventa, uma admirável mobilização, pela qual inúmeros jovens pintaram suas caras de verde e amarelo e saíram as ruas em protesto ao Presidente da República que naquela época era denunciado pelo próprio irmão por corrupção. O desfecho foi a renúncia de Fernando Collor!

Por conseguinte, essa revolta no Egito - a qual ainda não se pode dizer revolução - que acompanhamos pelos jornais, pela mídia, é um modelo de como todo cidadão deveria exercer sua cidadania, mobilizando! Não com violência, mas protestando, pacificamente, pelos seus direitos, pelos seus ideais democráticos, sociais e políticos.

Não podemos ser "Rebeldes sem causa" como já nos classificam alguns estudiosos.

Esse espírito revolucionador, que já foi tão importante durante toda a história e que paira sobre Cairo, sobre o povo egípcio, deveria contagiar os americanos, de norte a sul! Vivenciamos uma Era Bush devastadora.....Vivenciamos mandatos políticos cheios de corrupção escrupulosas... E tudo num silêncio venenoso!

Pensemos nisso!

Francela Pinheiro