domingo, 28 de agosto de 2011

A Bicicleta da Jasmim

A dias quando estou descendo para casa, rua jasmim, chácara primavera, passo pela mesma cena: uma pessoa parada olhando, atenciosamente, para uma bicicleta branca estendida e apoiada em uma árvore que fica na calçada de um dos terrenos baldios, mais ou menos na altura do n° 310 da rua mais movimentada do bairro, a rua Jasmim.

Fiquei curiosa para saber o que chamava tanto a atenção dos pedestres e das pessoas que por ali passavam. A bicicleta branca, com um vaso, também pintado de branco, com flores de violeta e um cartaz com texto, com certeza tinha um significado importante... Outra ocasião, li no jornal do bairro que a então bike branca era uma homenagem a um ciclista atropelado naquele ponto da rua.

Fui até a bike branca. Curiosidades a parte, a bicicleta branca, acorrentada na árvore, e as flores de violetas, agora murchas, é, portanto, uma homenagem a um ano da morte de um jovem ciclista, de 23 anos, chamado Magnon Pacheco Aguiar. O jovem era servente e usava uma bicicleta para ir trabalhar diariamente, quando no dia 29 de Julho do ano passado foi atropelado e faleceu quatro dias depois.

A homenagem foi feita pelo grupo Domingueiras Bike, um grupo de mountain bikers de Campinas-SP, criado em maio de 2008 por amigos adoradores do ciclismo. Além da homenagem, os ciclistas Domingueiras Bike, ao homenagear Magnon Pacheco, faz uma reivindicação por mais segurança no trânsito de campinas, com pedido de paz e lembrando todos os motoristas, ciclistas e pedestres que a rua deve ser compartilhada com respeito ao próximo (foto).

Bicicleta, além de sustentável, saudável e não poluente é um meio de transporte alternativo e com grande mobilidade. Na europa, em países como Itália, França (foto), Suíça, entre outros, a cultura do ciclismo é algo admirável. Inúmeras estações de bicicletas existem pelas cidades, das quais todos podem usufruir. Por lá, ruas, parques, estações de metrô e metrôs são adaptados de uma forma inteligente para que ciclistas circulem com total segurança.

No Brasil, a situação, como sempre, é bem diferente. Andar de bicicleta por aqui é correr risco de vida e ficar a mercê da própria sorte, e, culturalmente, pode parecer sinal de pobreza. Entretanto, algumas iniciativas para mudar esse estigma, essa falta de educação, já estão sendo tomadas. Na capital mineira, Belo Horizonte, há um projeto chamado de Pedala BH, o qual promove campanhas de segurança no trânsito, de educação, com a criação de ciclovias e estacionamentos para as magrelas.
Já aqui em campinas, segundo informações divulgadas pela Emdec, são 20Km de ciclovias e ciclo faixas, como a que liga o campus da Unicamp às ruas principais de Barão Geraldo, a ciclovia da lagoa do Taquaral (foto), do Amarais, de Barão do Café e a do parque linear Dom Pedro. Além dessa extensão, a Emdec afirma que há projetos para mais quase 50Kms de vias especiais para ciclistas.

A meu ver esforços como esses com a criação a construção de ciclovias ou ciclo faixas só vão ter resultados efetivos se as prefeituras investir, além de infraestruturas adequadas, em campanhas de educação e segurança no trânsito que leve as pessoas a conscientização de que as ruas não são de uso exclusivo de motos, carros e ônibus.


Brasileiros precisam ser educados a pensar diferente sobre determinadas coisas para que certos tipos de desenvolvimento chegue por aqui. O espaço é público e de todos, respeitar o lugar de cada um é fundamental e não custa caro, custa caro ou não tem preço são as vidas ceifadas como desse jovem ciclista atropelado na rua jasmim!

Foto: Francela Pinheiro e Leo Germani (pirex.com.br)
Apoio texto: domingueirasbikeblog.blogspot.com / pirex.com.br/ emdec.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A legislação da Mídia Campineira

Junho deste ano, quando eu e um cinegrafista da Pucc estava na treze de maio gravando uma passagem para uma reportagem de tele, uma senhora me parou e disse, "por favor moça, diga para o povo que o prefeito e sua mulher também são culpados do que está acontecendo, fala moça", implorava.

Por outras palavras, a senhora referia aos escândalos envolvendo a política campineira e implorava para que a mídia reportasse o que o povo de Campinas não aguentava mais, casos e casos de corrupções que envolvia a prefeitura de Campinas.

Eu, como estudante de jornalismo, gravando uma reportagem que tinha outra pauta e era apenas um trabalho universitário, nada podia fazer por aquela senhora. Mas, os veículos de comunicação, mesmo que talvez agiram por seus inúmeros interesses editoriais, fizeram alguma coisa!

Escândalos políticos que começaram em setembro do ano passado quando o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Cívil desmontou um esquema de fraudes em licitações, envolvendo a prefeitura de Campinas e a Sanasa, e prendeu oito pessoas, entre empresários e lobistas, tiveram o clímax na madrugada do último sábado (20), quando o prefeito Hélio de Oliveira Santos, do PDT, conhecido como Dr. Hélio, foi cassado pelos 32 dos 33 vereadores da Camâra Municipal de Campinas.

Dr.Hélio, que contava com o apoio do ex-presidente Lula e do presidente do Supremo José Sarney, foi cassado depois de quase um ano de denúncias, de investigações do Ministério Público, de computadores furtados de autoridades por conter investigações, de inúmeras CPIs sem sucesso, de advogados, que já defenderam até ex-ministros, contratados pela Sanasa por centenas de milhares de reais, de diversas matérias impressas e faladas, de reportagens e chamadas ao vivo diaramente na mídia de Campinas e região e, portanto, depois de 44horas de sessão, com manifestações contrárias e favoráveis, Hélio de Oliveira Santos sofreu o impeachment da história da política de Campinas.

Agora a prefeitura de Campinas fica nas mãos do vice-prefeito e petista Demétrio Vilagra, que em maio deste ano era procurado pela polícia civil por acusações das mesmas denúncias que levaram o Hélio de Oliveira a perder o cargo. Contudo, os vereadores mais uma vez articularam na Camâra Municipal, em continuidade as investigações, e outro pedido de cassação surgiu, entretanto, a justiça determinou a permanência de Demétrio. O que vai acontecer daqui para frente com a política de Campinas os campineiros ainda não podem ter certeza.

Entretanto, de uma coisa é possível ter certeza, como ressalta o cientista político e prof. dr. Pedro Rocha Lemos, "Campinas assistiu vereadores obedecerem ao clamor público, instigado pela mídia, que calorozamente pediam justiça, e decidiram pela aplicação da justiça e não pela aplicação da ética. Pensaram nas suas próximas campanhas, o que levaram a vereadores votarem contra seus próprios aliados".

A meu ver, o poder da mídia, além dos três poderes estabelecidos, judiciário, executivo e legislativo, reforçou os conceitos de que é o quarto poder da sociedade nessa conjuntura da história política de uma das maiores cidades do interior do país, cidade de Campinas, SP.

Que fique registrado!



segunda-feira, 30 de maio de 2011

"CÓDIGO CRIMINOSO"



Os fatos...
24 de Maio - Dia em que os deputados, esdruluxamente, aprovaram o novo código florestal em Brasília, o casal de lideres extrativistas, José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, foi executado na cidade de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. A suspeita é de que eles tenham sido executados por madeireiros. Silva era considerado sucessor de Chico Mendes.
(Fonte - Mídia News)



27 de Maio - Adelino Ramos, o Dinho, foi assassinado no distrito Ponta de Abunã, em Rondônia. A vítima era sobrevivente do Massacre de Corumbiara, ocorrido em Agosto de 1995. Dinho vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia.
(Fonte - CPT Nacional)


28 de Maio - O corpo do agricultor Eremilton Pereira dos Santos, de 25 anos, foi encontrado por moradores do Assentamento Agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
(Fonte - Estadão)

A repercussão ...
O primeiro crime foi repercutido no mundo inteiro: The New York Times, Washington Post, The Guardian, Rádio BBC de Londres, El País, entre outros grandes jornais, divulgaram o assassinato dos ambientalistas, ora lembrando da morte de Chico Mendes ora enfatizando o fato do crime ter ocorrido em meio ao debate do novo Código Florestal no Congresso.

Embora a mídia brasileira não se importa muito com esses fatos da região amazônia - como afirma o jornalista Mauricio Simionato, que foi correspondente do Jornal Folha de S.Paulo no Pará - palavras do Editorial da Revista ISTOÉ, dessa semana (1 de junho), representa a  indignação de inúmeros brasileiros muito mal representados por seus políticos. Deputados possuem poder para criar leis e efetivá-las de uma forma a mudar essa realidade na região amazônica, pelo menos, numa proporção de ter justiça nessas terras, nas quais as Leis parecem ser as da selva. Entretanto, ao contrário de todas essas possibilidades, esses mesmos políticos se escondem atrás de seus interesses e aprovam leis, como o novo código florestal, para anistiar criminosos (já que desmatar é crime) e favorecer gostos ruralistas, em detrimento, da preservação de uma riqueza que possui valor, ainda, incalculável. E é nesse contexto que estão as palavras, do texto "Código Criminoso", de Carlos José Marques, Diretor Editorial da Revista ISTOÉ.


CÓDIGO CRIMINOSO
Tombaram assassinados na semana passada os extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, que combatiam o desmatamento desenfreado e ilegal na região do Pará, onde moravam. Sinal dramático da derrota gradativa da causa ambientalista, que vem apanhando até no Legislativo, a morte do casal ocorreu coincidentemente no mesmo dia em que deputados votaram e aprovaram o novo Código Florestal cujo teor é claramente favorável aos interesses ruralistas. Os madeireiros são os principais suspeitos da emboscada que vitimou José e Maria. São também os maiores benefi ciários do novo código que saiu da Câmara.

O mundo sublinhou que “destruidores da fl oresta” venceram mais uma vez. Em duas frentes. Eliminando adversários – tal e qual ocorreu com o líder seringueiro Chico Mendes, anos atrás – e legalizando décadas de abate ambiental. Como afronta à preocupação do planeta com a preservação do meio, o código prevê, inexplicavelmente, anistia geral e irrestrita aos devastadores da Amazônia que praticaram o crime até 2008. Uma aberração! Milhares de hectares de árvores foram sistematicamente derrubados para exploração comercial, sem nenhuma fi scalização, deixando a céu aberto amplos clarões no cinturão verde do País.

O corte irresponsável e a queima de matas constituem hoje um dos maiores desastres globais e o Brasil, em vários Estados, lidera as estatísticas desse atentado ecológico. Um documento explosivo entregue ao governo federal por autoridades de Mato Grosso mostra que nos meses de março e abril – portanto às vésperas da aprovação do código – houve um aumento do ritmo de desmatamento em quase 500% sobre o mesmo período do ano passado. A certeza da impunidade e do perdão que viria a seguir teria levado ao quadro de tragédia.

Quase em simultâneo, José e Maria faziam uma persistente campanha alertando para o problema e denunciavam que estavam sendo ameaçados de morte pela ousadia de encarar o lobby madeireiro. O poder constituído fechou os olhos aos dois crimes. O destino dos ambientalistas foi selado. Políticos movidos por interesses econômicos específi cos – eles mesmos proprietários de terras, como revelou ISTOÉ em sua edição de número 2165 – impuseram uma derrota fragorosa ao governo Dilma e com a canetada a favor do código sacramentaram a exploração desenfreada do meio ambiente.

Por leniência, descaso e até mesmo conivência dos que podiam fazer alguma coisa e não o fi zeram, José, Maria e milhares de árvores foram abatidos. A presidente Dilma, irritada  com o desfecho, vai brigar para reverter o processo. Ameaçou vetar o código, exigiu o fi m da anistia aos desmatadores e o estabelecimento de áreas de proteção da vegetação nativa nas propriedades rurais e nas margens de rios e encostas. Ainda há uma esperança de que as mortes de José e Maria não tenham sido em vão. 

Carlos José Marques, diretor editorial da Revista ISTOÉ

Por Francela Pinheiro - Boa Reflexão a todos!!!!!!!!

Fonte:


sábado, 2 de abril de 2011

O outro - Povo Palestino sob o olhar do Alter



O outro o exercício da alteridade do respeito mulher e criança palestina
 


Notícias sobre uma possível paz entre os movimentos palestinos divergentes Fatah e Hamas estão na mídia atualmente. No portal do Jornal O Estado de S.Paulo, encontrei uma manchete sobre o acordo entre esses grupos palestinos, como também, alguns slides ilustrando o histórico conflito entre esses povos, os palestinos e Isarel. Por conseguinte, tudo isso e alguns comentários, que estão abaixo do texto, denunciam a total ignorância dos cidadãos sobre a Questão Palestina. Manipulados ou não pela mídia ocidental, essa constatação é preocupante!!

A mídia ocidental, influênciada pelos Estados Unidos, destaca os palestinos como terroristas, indivíduos violentos, não civilizados, que matam inocentes, enquanto os israelitas são elevados como santos e livre de qualquer culpa.

Será que é daí todas as ideias pré-concebidas e mal interpretadas sobre os palestinos?

Se sim ou não, contudo tudo isso são estereótipos criados em consequência do infalível imperialismo norte americano, como também em decorrência da forte influência do povo Judeu ao mundo ocidental, ora pelo poder econômico que esse povo sempre possuiu, ora por tantos outros motivos não tão esclarecidos.

Por conseguinte, nessa conjuntura os prejudicados são os milhares de cidadãos ocidentais alienados.

Assim, um exercício de alteridade para ver o outro na sua realidade é uma tarefa digna e bárbara, no melhor sentido da palavra.

Ao falar da Questão Palestina, portanto, para ratificar há uma obra que a relata desde seu surgimento com a criação do sionismo até os dias atuais, apresentando uma possível paz. Vale a pena - O Que é a Questão Palestina, de Helena Salem – brasileira de descendência judia, graduada em Ciências Sociais pela UFRJ e Repórter de diversos Jornais brasileiros.

 O sionismo e o aparecimento da Questão Palestina 

O surgimento da Questão Palestina, segundo Salem, surge com o conflito entre Árabes e Judeus e não está ligada ao âmbito Religioso ou pseudo-racial, mas sim na questão política, instigada por fatores sociais, políticos e econômicos. Salem adverte que a disputa entre esses povos surgem com o advento do Sionismo e sua implantação na Palestina. 
A autora também ressalta os fatores pelos quais levaram o povo Judeu ser odiado, perseguido e, a partir daí, tornarem-se imigrantes pelo mundo, principalmente, para o Oriente médio. Segundo a Cientista Social, os judeus formavam o “povo classe”, pela sua influência econômica até o século XIX, mas com o surgimento das burguesias nacionais começaram a ser vistos como inimigos e, daí as perseguições.

A invasão ao território Palestino


Crianças palestinas e um soldado da guerra entre Judeus e Palestinos

Portanto, para uma possível solução dessa situação o povo Judeu implanta o Sionismo na Palestina, apoiados por potências européias como a Inglaterra, criando-se um pandemônio até hoje não resolvido: A Questão Palestina, insuflada, principalmente, depois da criação do Estado Judeu pela ONU em 1947. Daí os primeiros atos terroristas contra Árabes e Ingleses, já que Londres, arrebentado pela II Guerra Mundial, abandona a Questão antes mesmo de 1947.

Criação do Estado de Israel

Em "Os Palestinos, povo errante"  revela como o Estado de Israel foi criado, sob quais condições; a situação dos Palestinos, desapropriados de seus próprios lares e a ação da ONU diante de toda situação. Segundo a autora, o Estado de Israel na Palestina foi criado ignorando a presença do povo Palestino, os quais foram expulsos de suas terras pelo exército sionista, tendo que fugir e refugiar em outros países árabes. Já a ONU, em 1948, cria resoluções para que a volta dos palestinos a suas terras fosse concretizada. Resoluções não atendidas por Israel e, além disso, em 1967 os judeus enfrentam o Povo Palestino na Guerra dos Seis Dias, ocupando inúmeros outros territórios. Logo, diante desse domínio Judeu, o movimento Nacionalista na Palestina só intensificou até os dias atuais.

A Causa das Primeiras Organizações Palestinas

Já no terceiro capítulo a autora comenta sobre as primeiras organizações palestinas contra as ocupações judias na região, o qual da o título de Resistência Palestina. Após quarenta e um anos de exílio, hoje a Palestina possui inúmeras organizações, movimentos nacionalistas e frente populares que lutam pela independência dos estados palestinos. Salem, menciona a primeira manifestação a de 1952 numa universidade em Beirute, além da Revista “Nossa Palestina” a qual conclamava governos para a libertação da palestina do Sionismo. A autora aponta a criação da Organização Libertação da Palestina (OLP), em 1964, pelo Primeiro Congresso Nacional Palestino, como a Organização mais importante e influente dos palestinos, liderada por Al Fatah. A OLP, possuindo seu exército (ELP), propõe a criação de um estado democrático e laico para os Judeus, Cristãos e muçulmanos. Entretanto, surgiram outras organizações de ideologia terrorista na palestina promovendo ações terroristas como aquele Massacre de Munique nas Olimpíadas de 1972. No entanto, segundo a autora, a OLP não concordavam com essas ações, mas também, não as impediam. Salem cita 1973 o ano no qual surge o caminho diplomático – Árabes pela primeira vez conseguiram retomar alguns territórios e vencer os Judeus depois de vinte e cinco anos de derrotas; foi nesse contexto que o petróleo foi usado como “arma de Guerra” pela primeira vez. A Cientista Social ainda destaca a reafirmação da OLP como representante do povo palestino e sua presença da Assembléia Geral da ONU em 1974. Para concluir o capítulo a autora ressalta a consideração do sionismo como racista e segregacionista feito pela ONU e avalia negativamente a cisão da OLP em 1983.

Mulher palestina chora pela questão palestina
Palestinos - Povo Expulso, refugiado e sem Estado

Dentro do ponto de vista de Salem, em "O Estado Palestino", podemos avaliar a situação dos palestinos – povo sem estado independente, sem direitos e obrigações e ressentidos por terem sido invadidos, expulsos de suas próprias terras lutando por um possível acordo entre eles sem propor a expulsão dos Judeus. E para ratificar tal afirmação o texto destaca o reconhecimento do Estado de Israel feito por Arafat, pela primeira vez, em 1988. Como também é ressaltado que apesar da proposta para criar esse estado o povo palestino precisa acertar algumas situações em termos de demografia (Pessoas por território), da economia (criação de novos postos de trabalhos, melhores condições de trabalho, desenvolvimento de infra-estrutura, etc.) e, logo, em termos sociais (Urbanização, entre outras). Salem lembra que esse acordo de paz entre os Árabes e os Judeus ainda tem muito que acertar, já que os Judeus consideram a região da Cisjordânia, que eles dizem ser a Judéia e Samaria, como sagrada e indissociável do Estado Sionista. E nessa conjuntura, palestinos sofrem punições coletivas, perseguições, prisões e torturas, segundo o texto.

O Povo Palestino aos Olhos do Mundo Ocidental

O Que é a Questão Palestina, faz uma análise da situação dos Palestinos em relação à conjuntura internacional e ressalta o acordo de Paz realizado entre Egito, Israel e EUA. Segundo a autora, a OLP não concordou com esse acordo, por não ter tido a participação palestina, como também, vai contra os princípios concordados por esses países, o de “Completa Autonomia”, entre outros. Hoje, diante de informações pautadas por interesses de governos imperialistas, de interesses econômicos diversos o mundo ocidental é levado a pensar que o Povo Palestino é um povo que merece ser exterminado quando na verdade isso é apenas um lado da moeda, existe O Outro para ser visto!!

(O que é a Questão Palestina, Helena Salem)

Notícias Estadão

Fotos: Google

Francela Pinheiro
@fraanss
CLC - Jornalismo Puc-campinas


quinta-feira, 17 de março de 2011

Nem tudo são Rosas


Nem sempre são Rosas...as vezes são botões a desabrochar

Mês de Março - mês no qual comemora-se o Dia Internacional da Mulher, depois da comemoração, em abril, do Dia do Índio e antes, portanto, de comemorar-se o Dia da Criança, em outubro, e o Dia Nacional da Consciencia Negra em 20 de Novembro! 

Não obstante, o que essas datas tem em comum?

O Dia Internacional da mulher é lembrado depois que cento e vinte e quatro mulheres, em 1857, morreram queimadas dentro de uma fábrica têxtil,  no Estado de Nova York, por uma ação policial, porque, simplesmente, reivindicavam redução da jornada de trabalho e direito à licença maternidade.

O dia do Indio - comemorado pelas escolas, lembrados pelos museus e festejados pelos municípios - foi criado em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, por meio de um decreto de lei com o objetivo de implicar uma reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.

O Dia Nacional da Consciência Negra, existente desde a década de sessenta é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, como também uma forma de relembrar sua bravura e resistência a escravidão que construiu as bases do nosso Brasil.

Já o Dia da Criança, no Brasil oficializado pelo presidente Arthur Bernardes, em 1924, também é outra data muito comemorada, principalmente, depois de se tornar tão comercializada e, mais do que isso, é reconhecida mundialmente por inúmeros países e pela ONU como Dia Universal das Crianças.

Sendo assim, conclui-se que são datas comemorativas por um único motivo - O Direito dos socialmente frágeis! De pessoas que apesar de ser iguais a todas não tem os mesmos direitos na prática, são menos valorizadas no mercado de trabalho, sofrem preconceitos dentro e fora da família, não são tratadas da como merecem. 

É por isso que ao invés de comemorar apenas com rosas e chocolates, cocar e penas, danças e brinquedos é preciso ir além, refletir. As datas são importantes, entretanto, parecem ter pouca ressonância!

Sendo assim, sobre o Dia da Mulher, em especial, a colunista Lya Luft, no artigo Dia da Pessoa, revista Veja, comenta que não julgaria a importância da comemoração, apesar do feminismo do século passado ter tido muito importância, mas ressalta que parece que o Dia da Mulher diminuiu sua importância na medida em que conseguimos trabalhar, ganhar dinheiro, pagar contas, sair de casamentos infelizes, namorar sem ter de casar, viver sem estar pendurada numa figura masculina. Em nenhuma figura.

Além disso, a colunista completa:

"Então o Dia Internacional da Mulher ainda faz sentido? Fará, enquanto houver tantas coisas a resolver, com a mulher, o índio, o negro, a criança. E, quando tudo estiver resolvido no mundo da utopia, quem sabe vai persistir, como acontece com o Dia da Mãe e o Dia do Professor, para lembrar que um telefonema, um abraço, um almoço, um carinho extra sempre são bem vindos.".

O dia da Pessoa ...

"A gente está na luta. Mulheres e homens e crianças e jovens, porque um não muda sem mudar alguma coisa no outro, um não sofre nem se alegra sem que algo disso se reflita nos demais. Então quem sabe a gente não Unifica tudo isso, e inventa o Dia da Pessoa?"

"Quando não se lembraria que pai, mãe, amigo, avó, sogra, médico, professor e outros que convivem conosco não são entidades nem atributos naturais nem instrumentos a usar nem degraus a subir, mas gente: de coração, emoção, amores e dores, esperanças, sonhos secretos, e toda uma vida às vezes difícil, esperando ser aqui e ali adivinhada, apreciada, respeitada, homenageada.".

A meu ver só resta aplaudir as ilustres palavras de Lya Luft !!!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Estudantes da Unicamp fazem protestos e ocupações na Moradia Estudantil da Universidade


Estudantes em protesto contra a reintegração da casa H9 (Foto:Portal RAC)


Protesto de Estudantes da Moradia Estudantil da Unicamp a Reitoria da Universidade e Ocupação da Administração

Dezenas de estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciaram nesta quarta-feira (02/03) um protesto dentro da moradia da universidade contra a entrada de seis viaturas da Polícia Militar que foram enviadas para cumprir ação judicial de reintegração de posse de uma das casas.

Os alunos ocuparam a casa durante a noite da quarta-feira com barricadas para impedir o despejo dos alunos e reivindicar melhorias na assistência estudantil, além de pedir por uma gestão mais democrática.

Tropa de choque da Polícia para a reintegração da casa H9
Na manhã de quinta-feira (03/03), a tropa de choque esteve na casa ocupada para promover a reintegração do imóvel que, apesar da resistência dos alunos, foi reintegrado a Universidade.

Os alunos permanecem com a mobilização nessa tarde de sexta-feira (04/03) ocupando a Administração da Moradia Estudantil e está agendada para as 17h00 uma assembléia pela qual serão discutidas todas as pautas reivindicadas pelos estudantes. Como também será divulgado um documento que será entregue a Reitoria da Universidade.

Os estudantes convocam todas estudantes e pessoas da comunidade que queiram participar da Assembléia prevista para as 17h00.


O Despejo de um Estudante como Ponto de Partida dos Protestos e as Pautas Reivindicadas

A Ação Judicial, despejando um estudante que morava na casa H9, foi o estopim dos protestos. Segundo a Administração da Universidade, o pedido de reintegração ocorreu por que o estudante viva na casa sem ter o seu cadastro regularizado.

Polícia Militar na Moradia quarta-feira (02/03) (Foto:Portal RAC)
A Polícia Militar foi chamada pela Justiça após a reintegração de posse do imóvel ter sido impedida pela ação dos alunos. De acordo com uma estudante de Doutorado, os estudantes permaneceram na casa, para impedir que alunos sejam despejados, mas que a pauta de exigência dos alunos é mais ampla.

“O posicionamento do Coordenador que não vem decidindo as situações problemáticas no conselho deliberativo, espaço que deveria ser tomada as decisões democraticamente, como também, a situação da lotação das casas da moradia, todo anos são inúmeras pessoas deferidas e chamadas sendo que na verdade não tem vagas”, diz a estudande de Doutorado que não quis se identificar.

Segundo os estudantes envolvidos na mobilização a situação da moradia é caótica, já que não há casas para a quantidade de vagas que a universidade disponibiliza aos estudantes. Uma estudante que não quis se identificar diz “faz 20 anos que os alunos reivindicaram a moradia estudantil, a universidade entrou num acordo de criar 1,5 mil vagas, que na época seria dez por cento da quantidade de estudantes matriculados em toda Unicamp. Mas esse acordo até hoje isso não foi cumprido, a Unicamp tem mais de 30 mil alunos, ou seja, seria necessário 3 mil vagas, e temos somente 900.”

Hoje a Moradia possui 270 casas, com 2000 mil moradores segundo informações dos alunos. De acordo com outra estudante, que também não quis se identificar, a situação que vem ocorrendo por causa dessa desorganização da Universidade “é de desalojar veteranos para abrigar calouros”.

Falta de Meios Democráticos para a solução de problemas

Uma das principais reivindicações dos alunos é a forma como são tomadas as decisões relativas a administração da Moradia Estudantil. As decisões são tomadas pelo Conselho Deliberativo, formado por cinco alunos e cinco professores, mas, de acordo com denúncias dos alunos, o Coordenador Luiz Antonio Viotto não consulta o Conselho quando precisa tomar decisões.
Uma outra estudante diz que essas situações vem ocorrendo há um tempo: “Vários problemas vem ocorrendo com os estudantes, como no ano passado a situação dos Estudantes Africanos que não puderam se inscrever para as bolsas da moradia e só depois de uma mobilização, por parte dos alunos da moradia, que a universidade voltou atrás e permitiu o processo” .
Ela ainda ressalta a conivência da reitoria, da Unicamp, com essas situações “a Unicamp é conivente a tudo isso porque o cargo de administrador não é por eleições democrática realizadas pelo Conselho, mas por indicação da Reitoria, é um cargo de confiança”.

O Posicionamento da Universidade sobre a Situação
Já a Reitoria da Unicamp, em nota, diz que o morador da casa H9, ingressou na graduação em 2004, obteve vaga na Moradia Estudantil da Unicamp em 2007, mas desde 2008 passou a ocupar o imóvel de maneira irregular por não apresentar documentação comprovando seu enquadramento nos critérios sócio-econômicos adotados pelo Programa.
Como também ressalta que desde 2008 até o início de 2011, a Unicamp buscou, por todas os caminhos institucionais e de maneira conciliadora, regularizar a situação do morador, mas não obteve a contrapartida necessária. Em razão do impasse, em fevereiro de 2011 a Unicamp ingressou com pedido de reintegração de posse, que resultou na medida judicial executada nesta quarta-feira (02).
Sobre o Programa de Moradia Estudantil a Reitoria diz ser importante para viabilizar a permanência e o bom desempenho acadêmico de estudantes que não poderiam arcar com custos de habitação em Campinas, razão pela qual devem ser preservados os critérios sócio-econômicos que norteiam seus objetivos.
No entanto, a Universidade não se posiciona sobre a situação da lotação das casas na moradia, como também, não comenta sobre as ações autoritárias, não democráticas do administrador da moradia Estudantil Luiz Antonio Viotto.
Por Francela Pinheiro e Paulo Pastor Monteiro


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Jornalismo a la Datena: Imprensa marrom ou jornalismo opinativo?






Na primeira semana desse mês, o Repórter Christian Carvalho Cruz, do Estado de S.Paulo, publicou no portal do jornal (Alias) uma entrevista com o Jornalista, José Luiz Datena, o popular apresentador Datena, do programa Brasil Urgente da Band.
O título que Christian deu a matéria foi um pouco curioso: 'Ah, vai te catar!'; expressão a qual o Jornalista diz ter inspirado no termo mais usado pelo seu entrevistado. O texto está muito bem escrito, cheio de detalhes registrados a partir do admirável trabalho de observação do repórter.
Embora a matéria desperta interesse pelo assunto, pela forma como foram norteadas as informações, surge uma questão: como definir essa prática Jornalística feito por Datena? Beira aquela considerada como imprensa marrom ou classifica-se como Jornalismo opinativo?

Imprensa Marrom tem origem na expressão, norte americana, Imprensa Amarela, empregada pela briga dos jornais "World" de Joseph Pulitzer e "Journal" de William Hearst. Jornais que, em 1890, utilizavam de pôsteres e de histórias em quadrinhos, com personagens amarelos - Yellow Kid -, para abusar de manchetes escandalosas, com corpos tipográficos largos, além de inventar histórias e falsificar entrevistas. Tudo, portanto, para disputar a hegemonia dos leitores nova iorquinos.
No Brasil, a expressão Imprensa Marrom surgiu na redação do jornal carioca Diário da Noite em 1959. O Jornal tinha recebido informações de que uma revista de fofoca, da época, extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras. Assim, o jornalista Alberto Dinis (Criador do Observatório da Imprensa) preparava a manchete: 'Imprensa amarela leva cineasta a suicídio' quando o editor Calanzas Fernandes chegou e pediu para que mudassem para marrom (Cor que lembra coisas nojentas) e não amarelo, já que no Brasil é uma cor preciosa.
Assim ficou Imprensa Marrom, inspirado no termo norte americano, Imprensa Amarela!

Já quanto ao Jornalismo Opinativo, o Professor Doutor em Comunicação, Luiz Beltrão, em Jornalismo Opinativo, explica que o jornal tem o dever de exercitar a opinião.
Em contra partida, Beltrão explica que para se opinar e criar pontos de vista sobre determinado assunto é preciso primeiro conhecê-lo, para depois sim, julgá-lo.
Além disso, ressalta que para fazer Jornalismo Opinativo o Jornalista precisa ter um trabalho ordenado e meticuloso a partir de princípios importantes, tais como: dominar a informação, ou seja, calcular, toda sua extensão e alcance, a força daquilo que chegou ao seu conhecimento, inteirando-se amplamente de suas causas, seus aspectos significativos e sua seqüência lógica;  reger a informação, isto é, levá-la ao conhecimento público quando conveniente e oportuno, observando as normas práticas e éticas da divulgação ou da supressão de matérias; assistir à informação, mediante o consciencioso acompanhamento dos seus efeitos imediatos e mediatos.
Somente  assim, segundo Beltrão, é que as ocorrências poderão render para o jornal e para o público uma opinião segura, elaborada à base da técnica, da ética e do interesse social – pilares em que se fundamenta a obra jornalística.

Por conseguinte, acerca do Jornalismo a la Datena há diversas avaliações procedentes do povo e, em especial, da categoria. Assim, o Jornalista e Prof. Me., Marcel Cheida, avalia-o da seguinte forma: "Oriundo da reportagem de campo no futebol, o Datena está impreg...nado de intuição dos antigos radialistas. Faz da informação um modelo de "espetáculo". Superficial e cheio de ênfases, hipérboles, para dramatizar os fatos pautados. O tom "autoritário" que emprega nos comentários contra os bandidos e os políticos se torna anedótico quando entrevista, ao vivo, uma autoridade, como um delegado, sempre elogiado, ou o Serra, em cuja entrevista, antes das eleições, não soube valorizar o "furo", quando o ex-governador disse, em primeira mão, que seria candidato do PSDB. Enfim, acho um falastrão que tem carisma e audiência. Mas, pouco ou nada acrescenta intelectualmente, criticamente.".

Se o Jornalismo produzido por Datena, todas as tardes, nos studios da Band, é imprensa Marrom ou Jornalismo Opinativo não há um consenso. Entretanto, a meu ver é um pouco de cada, num percentual maior da primeira consideração e menor da segunda; uma vez que para fazer Jornalismo Opinativo não é necessário ser um "falastrão", pois, após o jornalismo ter adquirido seus valores mercantis, qualquer informação já possui seu Q de opinião, ora pela política editorial, ora pelos interesses econômicos de cada veículo.

Francela Pinheiro
(O texto sobre Jornalismo Opinativo foi retirado de um resumo por Felipe Elias Barth do livro Jornalismo Opinativo do Prf.Dr. Luiz Beltrão)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Homem Perfeito

Guilherme Winter pela Revista QUEM
O que é um Homem Perfeito?

Um Homem cavalheiro, gentil, sensível aos sentimentos femininos ... Um Homem bem humorado e engraçado, inteligente ... Um Homem que lembra todas as datas especiais ... oferece flores vermelhas e os melhores vinhos ... Um homem não egoísta, um bom pai ...

Afinal o que seria um Homem perfeito?

Para cada mulher há um Homem ideal!
Moreno, negro, louro ou ruivo, alto ou baixinho, magro ou gordo ... para cada uma, há uma escolha, um gosto em especial. Contudo, não é só por aí que está a escolha de um cara perfeito!

Mulheres gostam de homens gentis, bem humorados, engraçados, que não seja egoístas....Mas também, gostam de homens que possuem personalidade masculina bem determinada, que tenham atitudes e que não sejam passivos. Homens que saibam ouvir mas que também tenham sua própria opinião ... Que sejam inteligentes, mas não nerd o tempo todo ... que sejam gentis, pois apesar da admirável conquista feminina em diversos aspectos, as mulheres não deixaram de ser seres sensíveis a gentilezas ... a um jeitinho cavalheiro... Entretanto, nada em exagero, tudo numa proporção que conquiste-as, não que enjoe-as. Mulheres gostam de flores e de cuidado, como também, de homens que reconhecem suas liberdades e respeitam seus direitos!  

Por conseguinte, as diversas pesquisas que apontam as inúmeras preferências femininas revelam muitas curiosidades.

Uma alentada pesquisa do Face Research Laboratory, da Universidade de Abderdeen, na Escócia, que consultou mulheres de 30 países chegou a conclusão de que a velha unanimidade - ombros largos, braços fortes, barba cerrada, rosto talhado à faca, nariz proeminente, maxilar quadrado e ar de quem transpira testosterona - do biótipo do homem másculo está ruindo e um novo tipo emerge na preferência feminina: aquele com traços finos e delicados, que transparece sensibilidade.
Como também um estudo publicado na revista Psychological Science descobriu que as mulheres se sentem mais atraídas por homens quando não têm certeza do quanto eles gostam delas. 
Além disso, segundo pesquisadores da Universidade de Viena, as mulheres preferem Homens mais velhos do que elas e para isso há uma explicação biológica. Segundo o estudo, publicado na revista científica Biology Letters, os homens têm mais filhos quando se casam com mulheres em média seis anos mais jovens, enquanto as mulheres reproduzem mais ao lado de homens em média quatro anos mais velhos.

Contudo e, sobretudo, qual mulher não gostaria de ter um homem lindo, religioso, determinado, inteligente e tão simpático como o ator Guilherme Winter??
É só assistir alguns capítulos de tititi para apaixonar pela simpatia do paulistano - moreno, dos olhos verdes, inteligente e dedicado!!

Está aí, portanto, a meu ver um exemplo de um Homem Perfeito!!!


Francela Pinheiro

(Textos sobre pesquisas: Adaptados do Google) 



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Egito e os Gritos de La Revolución


 


 
 

A Revolta do povo egípcio, expressada por protestos desde o dia vinte e cinco de janeiro, contra o Ditador Hosni Mubarak, no poder a trinta anos, chama a atenção do mundo. Ora pela globalização espantosa da comunicação, pela qual as informações chegam a velocidade luz, ora pela proporção do movimento motivado por um povo que grita, bravamente, por liberdade!

Se estudarmos a história das revoluções vamos perceber que foi a partir de mobilizações e de povos heróicos que foram as ruas com armas ou não, que mudanças importantes ocorreram para que pudéssemos ser como somos hoje e desfrutarmos de tantas liberdades como desfrutamos.

Contudo, segundo determinados conceitos, um movimento só pode ser denominado Revolução quando gera transformações Sociais, Políticas e Econômicas.

Assim, importantes movimentos revolucionários - que tiveram o povo como principal força (independente do propósito do líder) - mudaram o percurso da história política, social e econômica de gerações e gerações. Para ratificar, portanto, por que não citar um das mais importantes da História, a Revolução Francesa? Movimento que rompeu, radicalmente, com as instituições feudais do Antigo Regime, assumindo formas democráticas que, logo, ficaram como legados para a construção e formação das sociedades contemporâneas. Foi numa França estamentada, que sustentava hierarquias, o anúncio ao mundo dos imprescindíveis princípios de liberdade igualdade e fraternidade; um país palco de uma revolução insurgida por um povo corajoso, sofrido e, acima de tudo, cansado de ser base sustentadora de luxos e mordomias. Embora esses pobres coitados fossem apenas instrumentos para os verdadeiros interessados pelo movimento.

Além de 1789, quantas outras revoluções aconteceram graças a vontade de mudar de um povo? Por meio de greves, revoltas ou protestos que monarquias históricas caíram, hierarquias antigas foram derrubadas e novas estruturas foram implantadas. Pois, como na velha Russa Czarista, na qual trabalhadores sem alimentos, sem trabalho, sem dignos salários, em crise por sustentar uma guerra (Primeira Grande Guerra) que só trazia pobreza ao país, fizeram greves, mobilizaram e tiraram do poder um dos reis mais conhecido da História - Nicolau II.  
Como também, foi por meio de uma rebelião de gente escravizada que o Haiti de 1791 foi liberto da Escravidão e tornou-se uma nação Independente.

Sem falar de revolucionários importantíssimos que transformaram sociedades, influenciando gerações, como Fidel Castro e Che Guevara em Cuba e Mahatma Gandhi, na Índia, um líder iluminado que libertou um povo inteiro do poderio inglês por meio de um movimento pacífico, sem guerra, sem violência.

 Para concluir essa breve retomada histórica não podemos esquecer dos Caras Pintadas?! Apesar do povo brasileiro ter assistido imobilizado a independência e a proclamação da República, foi aqui, no Brasil dos anos noventa, uma admirável mobilização, pela qual inúmeros jovens pintaram suas caras de verde e amarelo e saíram as ruas em protesto ao Presidente da República que naquela época era denunciado pelo próprio irmão por corrupção. O desfecho foi a renúncia de Fernando Collor!

Por conseguinte, essa revolta no Egito - a qual ainda não se pode dizer revolução - que acompanhamos pelos jornais, pela mídia, é um modelo de como todo cidadão deveria exercer sua cidadania, mobilizando! Não com violência, mas protestando, pacificamente, pelos seus direitos, pelos seus ideais democráticos, sociais e políticos.

Não podemos ser "Rebeldes sem causa" como já nos classificam alguns estudiosos.

Esse espírito revolucionador, que já foi tão importante durante toda a história e que paira sobre Cairo, sobre o povo egípcio, deveria contagiar os americanos, de norte a sul! Vivenciamos uma Era Bush devastadora.....Vivenciamos mandatos políticos cheios de corrupção escrupulosas... E tudo num silêncio venenoso!

Pensemos nisso!

Francela Pinheiro




 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dia do Jornalista, a sorte e os ócios da profissão

Em homenagem as datas:

6/Janeiro: Dia do Mensageiro; 8/Janeiro: Dia da Fotografia e o Dia do Fotógrafo; 16/janeiro: Dia do Repórter; 24/Janeiro: Dia da Constituição e, em especial, dia do Jornalista !!!!!

“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter”
Cláudio Abramo

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”
Millôr Fernandes

“Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las.”
Voltaire, filósofo e escritor francês (1694-1778) ao defender a Liberdade de expressão.

Dia 24 de janeiro, dia do Jornalista. Há frases e pensamentos, teorias e teorias que definem o que é o Jornalismo, e, consequentemente, o que é ser Jornalista! Entretanto, o que parece mais interessante para comentar nesse momento não seja o que a profissão é em si, mas como ela está sendo exercida e, muito mais, em quais princípios de liberdade ela está baseada.
Voltaire, já no século dezoito, descrevia esse direito - o da liberdade - como inviolável.
E hoje, como é ser um profissional da Comunicação, um Jornalista, três séculos depois dessas palavras do filósofo francês Iluminista? Além disso, como é ser Jornalista numa sociedade que, apesar de democrática, é regida por corrupção, por interesses políticos, econômicos e sociais? É uma tarefa para quem quer... Não para quem pode!
Em 1828, Lord Macualay cria a expressão: "A imprensa, o quarto poder”.
Logo, independente das premissas que Macualay baseava ao criar o termo, os Jornalista são os responsáveis por compor grande parte dessa imprensa, ou seja, desse quarto poder. Eles são os comunicadores que estudam e se elegem a profissão, ora para tentar cumprir as três funções da Comunicação descritas por Laswell - Vigilância do meio; estabeler relações entre os componentes sociais a fim de produzir respostas ao meio; transmitir a herança social -, ora para serem fiéis escudores de editores corruptos movidos aos seus próprios interesses.
Uns diz que são eles (Jornalistas) mais poderosos do que a polícia, outros dizem que são um bando de sensacionalista e perturbadores.
Entretanto, a verdade é que a importância, a responsabilidade e o poder desses profissionais na Sociedade Democrática é indiscutível. Fatos que comprovem tal afirmação nunca faltarão!
Jornalistas vivem situações inimagináveis, colocam suas vidas em riscos, são tratados como importunos em diversas ocasiões para tornar público fatos e fatos, formar a opinião pública e contribuir para o fortalecimento da democracia.
O Tempo conta, registra e memoriza esses fatos, essas histórias.
Sendo assim, sabemos que foi graças a Jornalistas excepcionais que um povo inteiro teve a ousadia de ser informado de fatos e acontecimentos importantes em seu país, reportados por meio de um trabalho histórico, como a Guerra do Arraial de Canudos, na Bahia do século dezoito. No contexto, o Jornalista Euclides da Cunha, enviado do Jornal O Estado de S.Paulo, narrou a Guerra de Canudos, de uma forma isenta e objetiva com juízo imparcial apresentando todos seus aspectos geográficos, botânicos e zoológicos. Um trabalho que, mais tarde, transformou-se em História documentada em Os Sertões (1902).
Como também, é por meio de excelentes Jornalistas como os Norte Americanos Bob Woodward e Carl Bernstein - repórteres do Washington Post - que grandes podres políticos são levados a tona como aqueles descobertos, pelo polêmico caso Watergate, e desfechados na renúncia, em 1972, de Richard Nixon, presidente de uma das nações mais poderosas do mundo, EUA.
Além disso, quantos Jornalistas não arrisca a própria sorte para desenvolver seus trabalhos e viram notícias ao invés de noticiar. Segundo o relatório da organização não governamental campanha Emblema de Imprensa (cuja sigla em inglês é PEC), no ano passado 105 jornalistas foram assassinados em 33 países. Lastimável, no entanto, não só na América Latina e mundo a fora que Jornalistas são vítimas. No Brasil isso também ocorre, como por exemplo, as recentes agressões que aconteceram em alguns estados brasileiros - Campina Grande (PB) onde um repórter cinematográfico foi agredido ao captar imagens sobre a sublocação irregular de boxes num shopping popular; outro caso em Inadaial (SC) onde uma equipe da RBS TV foi ameaçada e agredida ao apurar denúncias contra comerciantes da região e, em Fortaleza, sindicalistas foram agredidos por empregados do marketing do jornal o povo. Além desses fatos, quem não lembra do caso Tim Lopes? Ao denunciar ao povo, o que já era denunciado à polícia, às autoridades competentes, o Jornalista desapareceu em 2002 quando estava num baile funk, no complexo do alemão, com uma câmera escondida tentando flagrar a exploração sexual de adolescentes e o trafico de drogas.
Dessa forma é possível ter a certeza plena de que a Liberdade de Expressão recitada por Voltaire existe?
Embora, seja mais fácil dizer "não" do que "sim" a essa indagação, temos inúmeros fatos interessantes que mudaram os rumos da história. Talvez não conheçamos todos e nunca vamos conhecê-los, mas o trabalho de um Jornalista na sociedade, construindo histórias, é, sem nenhuma dúvida, imprescindível.

Parabéns!!!!!

Parabéns a todos os mensageiros, fotógrafos, repórteres e jornalistas que juntos fazem Comunicação, fazem Jornalismo.


Francela Pinheiro

domingo, 16 de janeiro de 2011

O que é o amor?


O que é o amor? É feito de flores..de magia..de momentos intensos...melancólicos..alegres?!

O amor cantado pelos poetas, pelas músicas românticas e delirantes...será mesmo Amor?
Amor de mãe... amor de pai...amor fraterno...amor de uma criança por um cachorro...amor por um amigo.. por um namorado.. amor por uma pessoa que cuida de você..amor por alguém que te ignora...amor pela vida...amor pelo eu..Tudo se diz amor!!!
Depois de tanto amar....de amar amores impossíveis..sinto que o amor é algo que nasce tanto pelas emoções como também pelas razões.
Quando criança ama-se tudo e todos...com um amor divino, que perdoa o tempo todo...não magoa por prazer..um sentimento com a mais pura essência!
Quando adolescente ama-se pela ebulição dos sentimentos, pelas emoções a flor da pele, pela ilusão e por tudo que um adolescente vivencia a cada momento..
Quando jovem-adulto ama-se pela emoção, mas também, pela razão!!! 
O amor, nessa fase maravilhosa, não é aquele amor cego..Ora ama-se intensamente momentos e momentos, ora ama-se por meio de um amor que surge depois de analisado...de pensado e quem sabe, depois de muito querido, não que os outros não sejam.
Ama-se a beleza....ama-se o conteúdo...ama-se o que esse sentimento trará de bom....ama-se a pessoa como ela é e como ela pode ser e, assim, aquele amor de criança, inocente e divino, aquele amor de adolescente, cheio de ilusões, surge e vai tomando conta!
É o amor....... depois de tanto mexer a cabeça e ter deixado assim: Amada pela vida!

Fran Pinheiro